quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Alimentação no Carnaval

Com tanta opção de folia durante o nosso carnaval algumas pessoas até esquecem de se alimentar adequadamente. Alguns cuidados devem ser tomados, esteja você indo cair na folia ou esteja você procurando sossego na praia, no campo ou em casa. Para os que vão contribuir para a popularidade da maior festa brasileira e pular carnaval, os cuidados com a alimentação e com a hidratação devem ser redobrados.

O consumo exagerado de comidas pesadas pode, até mesmo, atrapalhar a festa. Alimentos gordurosos e frituras dão a sensação de moleza e estômago pesado.

Embora uma alimentação balanceada, com hortaliças presentes no cardápio, seja recomendada para qualquer época do ano, em situações de alto gasto de energia, como é o caso da folia carnavalesca, ela garante benefícios extras para o organismo ao evitar a desidratação e a intoxicação.

As pessoas que festejam o Carnaval acabam perdendo água e sais minerais por meio da transpiração e, como a maioria das hortaliças possuem cerca de 90% de água e são ricas em minerais, elas colaboram com a reposição do que foi perdido.

Porém, há modos de preparo que prejudicam as propriedades nutricionais das hortaliças. As hortaliças devem ser preferencialmente consumidas cruas, cozidas ou batidas com sucos. Quando se frita uma batata, por exemplo, o excesso de gordura prejudica o organismo que, devido ao desgaste físico e ao provável consumo de bebida alcoólica, já se encontra debilitado.

Por falar em batata, essa hortaliça (e outras como mandioquinha, batata-doce e cará), por ser rica em carboidratos e de fácil digestão, pode ser uma boa aliada do folião que necessita repor o gasto energético. Frutas como melancia, melão e morango e hortaliças folhosas, como alface, rúcula e agrião, que são alimentos ricos em água e colaboram com a hidratação do organismo.

Para desintoxicar o organismo, depois do término da festa popular, as brássicas como couve e brócolis são indicadas porque possuem componentes que auxiliam o organismo a produzir enzimas detoxificantes. A cenoura ajuda a alcalinizar o estômago e contribui para a desintoxicação.

Ricas em fibras, vitaminas e minerais, as frutas e hortaliças devem estar na programação do Carnaval para garantir aos foliões e passistas uma festa cheia de saúde e de bem-estar.

Alguns cuidados simples para evitar problemas durante a folia de Carnaval. Descubra
como se prevenir com essas dicas:

             Beba muito líquido: São necessários de 2 a 3 litros para uma boa hidratação para os foliões. Água, isotônico, água de coco ou sucos naturais são boas opções. Se for tomar bebida alcoólica intercale cada copo de bebida com um copo de água, assim o corpo ficará hidratado e dificilmente a pessoa irá se embriagar e ter ressaca no dia seguinte.

             Consuma energéticos e isotônicos com moderação: Os energéticos podem causar taquicardia (pela presença da cafeína) e os isotônicos, quando consumidos em excesso, podem sobrecarregar a função renal.

             Evite comer besteiras: Evite o consumo de alimentos gordurosos, frituras ou alimentos “pesados”. Alimentos muito salgados também devem ser evitados.

             Dê preferência aos carboidratos: Preferir as versões integrais desses alimentos é uma boa opção. No entanto, arroz, massas e pães são fontes de energia e podem ser consumidos.

             Nem pense em ficar sem comer: Na hora da festa o nosso corpo precisa de muita energia. Procure fazer as quatro refeições básicas (café da manhã, almoço, lanche e jantar) podendo incluir outros lanches nos intervalos entre elas. O importante é não permanecer mais que quatro horas sem se alimentar evitando o desgaste do corpo e outras consequências piores. Para repor o estoque, dê preferência para comidas leves, como barras de cereais, frutas ou biscoitos integrais.

             Refeição fora de casa: Cuidado ao escolher os alimentos! Observe as condições de higiene, conservação e armazenamento daquilo que vai comprar. Nestes casos é preferível escolher alimentos industrializados de sua confiança para evitar surpresas desagradáveis como uma diarreia que pode estragar a sua festa.

             Roupas: Utilize roupas confortáveis e frescas. Prefira as roupas de algodão que permitem a transpiração da pele.

   Sono: Evite emendar um dia no outro. Procure descansar de 7 a 8 horas.

            Para minimizar os sintomas da ressaca recomenda-se não beber de estômago vazio (pela manhã você deve consumir um copo de leite ou iogurte).

            Se você abusou da bebida, uma forma de amenizar a sensação de mal-estar é, no dia seguinte, adotar uma alimentação à base de frutas ricas em água (melancia, melão, laranja) e preparações leves como sopas a base de vegetais e canja. Os ovos cozidos são apresentados como aliados da ressaca por apresentarem a cisteína, que ataca o acetaldeído, a toxina que provoca a ressaca. Outra dica é o uso do chá verde após esses dias de muita festa. Ele atua como um desintoxicante devido a sua atividade diurética.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Cavalieri, R. Carnaval: Festa da carne ou da fome? Disponível em: www.nutrociencia.com.br Acessado em: 13/02/2014.

Descubra como cuidar da alimentação durante o carnaval. Disponível em: www.educacao.sp.gov.br Acessado em: 13/02/2014.

Frutas e hortaliças são aliadas para uma alimentação saudável no carnaval. Disponível em: www.embrapa.br Acessado em: 13/02/2014.


Morzelle, MC. Cuidados Essenciais nos Dias de Festa. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais. Disponível em: www.alimentofuncional.com Acessado em: 13/02/2014.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cálcio

 

O cálcio é o mineral mais abundante no corpo humano. Cerca de 99% deste nutriente


está 
localizado nos ossos e dentes. Além de formar e manter o esqueleto humano, também participa do processo de coagulação sanguínea, contração muscular, secreção de hormônios, regulação de reações enzimáticas, sendo fundamental para a comunicação entre as células.


A ingestão inadequada de cálcio é um problema mundial, sobretudo entre as populações idosas, e está associada com várias desordens médicas, como a osteoporose, cânceres de cólon e de mama e cálculos renais. Portanto, recomenda-se à população em geral, aumento na ingestão de cálcio com o objetivo de diminuir os riscos dessas doenças crônicas.

A regulação dos níveis plasmáticos é alcançado por meio de uma interação de hormônios calcicotrópicos como paratormônio (PTH) e dihidrocolecalciferol (vitamina D3) e calcitonina, que atuam em receptores específicos nos rins, ossos e intestino e mantém o equilíbrio entre as três formas de cálcio (ligado à proteínas, complexado com citrato, fosfato ou bicarbonato e íons livres). A secreção destes hormônios é controlada pelas concentrações plasmáticas de cálcio ionizado, em um sistema de “feedback” negativo. Quando existe uma diminuição da concentração, ocorre a secreção de paratormônio, que mobiliza o cálcio dos ossos e aumenta a sua reabsorção renal, além de promover a ativação de vitamina D em calcitriol que por sua vez atua não apenas na reabsorção renal e retirada de cálcio dos ossos, mas também aumenta a absorção intestinal. Um aumento da concentração plasmática de íons de cálcio estimula a secreção de calcitonina, que favorece o depósito de cálcio nos ossos e aumenta a excreção renal.

Do total de cálcio ingerido na dieta, somente uma fração é absorvida (25 a 35%). Os alimentos mais ricos em cálcio e que possuem maior absorção pelo organismo, são o leite e seus derivados, pois contém vitamina D e lactose (açúcar do leite). Porém, o cálcio também pode ser encontrado nas folhas verdes escuras (espinafre, couve-manteiga, brócolis), na sardinha, mariscos, amêndoa, etc.

O excesso de cálcio também pode ocorrer e está associado a ingestão acima de 2g/dia do mineral, hiperabsorção no intestino, tratamento de úlceras pépticas com leite e antiácidos álcalis.

O cálcio pode ser perdido nas fezes, por meio de descamação endotelial, secreções pancreáticas e biliares, pela urina e, em pequena escala, pela pele e pelo suor. Os rins reabsorvem de 98 a 99% do cálcio filtrado. Variações nas quantidades excretadas devem-se à idade (diminui em pessoas idosas) e sexo (maior excreção em homens e em mulheres em menopausa). A excreção também aumenta com altos consumos de sódio e proteína.

As necessidades diárias de ingestão variam conforme a faixa etária, sendo maior nos adolescentes. A recomendação diária para adultos (homens e mulheres) é de 1.000 mg/dia, já para os adolescentes é de 1.300 mg/dia.  Assim, crianças e adolescentes devem ingerir alimentos ricos em cálcio, pelo menos 2-3 vezes ao dia, que ajudará na prevenção da osteoporose e outras doenças.

Para atingir a recomendação adequada a cada faixa etária, é necessária a ingestão de pelo menos três porções diárias de: 1 copo de 200 ml de leite integral, que contém 240 mg de cálcio; 1 fatia média de queijo minas, que contêm 310 mg ou 1 unidade de 200 ml de iogurte natural, que contém 300 mg de cálcio, entre outras.

Os baixos níveis de cálcio podem ser reflexos de dietas com deficiência de cálcio, excesso de fibras, deficiência de vitamina D e de boro, excesso de fósforo ou má absorção intestinal.

Raquitismo
O cálcio não pode ser absorvido sem a vitamina D, que é produzida pela pele em resposta a exposição à luz solar ou pode ser proveniente da dieta. Se a criança apresentar a carência de vitamina D, pode estabelecer uma patologia conhecida por raquitismo.  Esta é caracterizada por uma mineralização defeituosa com redução do conteúdo mineral do osso, ou seja, com os ossos moles, as pernas podem ficar arqueadas e desenvolverem más formações na cabeça e no tórax.

Os primeiros sinais da deficiência de cálcio na infância manifestam-se no sistema nervoso: a criança fica irritada, agitada, com sono escasso e sudorese abundante. Além disso, pode apresentar retardamento no crescimento, palidez e emagrecimento. A criança pode deparar com um atraso no desenvolvimento motor, diminuição da força muscular, debilidade dos músculos abdominais podendo apresentar hérnia umbilical, constipação intestinal ou cáries dentárias.

Nesta fase pediátrica, os ossos estão em intenso processo de remodelação e as necessidades de cálcio são aumentadas devido ao processo de crescimento. Assim, uma alimentação equilibrada, contendo quantidade suficiente de cálcio, em associação com outras medidas de prevenção é essencial. Os benefícios potenciais da dieta rica em cálcio e dos exercícios físicos efetuados durante a infância e adolescência, são comportamentos que formam a base de um estilo de vida saudável relacionado à massa óssea.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Esteves, EA; Rodrigues, CAA; Paulino, EJ. Ingestão dietética de cálcio e adiposidade em mulheres adultas. Rev Nutr. 2010; v.23, n.4: p. 543-552.

Tórmena, TF. Cálcio: ingestão, recomendação e deficiências. Disponível em: www.nutrociencia.com.br Acessado em: 10/02/2014.


Ybarra, LM; Costa, NMB; Ferreira, CLLF. Interação cálcio e ferro: uma revisão. Rev Soc Bras Alim Nutr 2001; v.22, p. 85-107.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Dietoterapia na AIDS/HIV

            A AIDS é causada pelo vírus HIV, que insere seu material genético no DNA de células
-alvo hospedeiras, principalmente linfócitos CD4, células de defesa do sistema imunológico humano, destruindo-as após ampla replicação em seu interior. Esta replicação do vírus provoca a morte das células-alvo, causando imunodeficiência e predispondo os indivíduos com HIV a inúmeras infecções causadas pelos mais diferentes tipos de patógenos (vírus, fungos, bactérias e protozoários) e afetam diversos sistemas orgânicos.

         O estado nutricional e a ingestão alimentar inadequados desempenham importantes papeis no desenvolvimento da AIDS. Embora a área muscular do braço e o peso corporal apresentem correlação positiva com a contagem de CD4, tem-se que o estado nutricional influencia a sobrevida independentemente desta contagem. Além disso, sabe-se que a alimentação não só afeta a saúde como um todo, mas também a qualidade de vida e a resposta ao tratamento.

            As mudanças nas formas do corpo e metabólicas consistem em:

● aumento no tamanho da cintura e afinamento nas extremidades;
● mudanças na face: traços da pele acentuados, perda de gordura lateral e dobra nasolabial;
● aumento da gordura dorsocervical;
● nas mulheres aumento das mamas e diminuição das coxas;
● aumento do colesterol LDL e VLDL e triglicerídeos;
● alteração no metabolismo glicídico, resistência à insulina, diabetes.

           Praticamente todos os pacientes com AIDS são acometidos pela perda de peso. A síndrome consumptiva pode ser definida como a redução involuntária de 10% ou mais do peso corporal habitual, acompanhada de diarreia e/ou febre e/ou fraqueza crônica. Os pacientes sofrem grande redução de massa magra, diminuição de todos os compartimentos corporais. Quando a massa magra atinge 54% do seu valor habitual, a morte do paciente é inevitável.

Características da dieta

           Para a estimativa da necessidade energética, recomenda-se o uso da equação de Harris-Benedict ou calorimetria indireta, acrescentando-se o fator de injúria (1,3 a 1,7) e o fator térmico, de acordo com a temperatura do paciente.

Quadro 1. Recomendações de energia e proteínas.

HIV/AIDS Assintomáticos
AIDS Sintomáticos
25-30 kcal/kg de peso atual
35-40 kcal/kg de peso/dia
0,8-1,25g de proteínas/kg de peso/dia
1,5-2,0g de proteínas/kg de peso/dia
120:1 cal não proteicas/g de nitrogênio
35 kcal/kg de peso/dia
2,0-3,0g de proteínas/kg/dia
Fonte: Cuppari, 2002.


            O consumo de lipídios não deve ser restringido, exceto quando há esteatorreia. Neste caso, a dieta deve ser suplementada com triglicerídeos de cadeia media (TCM). Alguns autores sugerem o uso concomitante de TCM e óleos de peixe, que podem melhorar a função imune dos doentes.

            A ingestão adequada de carboidratos é fundamental para “poupar” as proteínas. O consumo destes nutrientes deve contribuir com 50 a 60% do valor energético total.

            A suplementação de vitaminas e minerais é necessária, porém não em megadoses. A literatura recente comenta que devem suprir em 100% das recomendações para pessoas saudáveis e múltiplos de vitamina A, E, B6, B12 e zinco. A via preferencial de administração é a oral, pois as injeções são caras, dolorosas e podem provocar abcessos. As gestantes soropositivas devem receber suplementação extra de ferro e folato.

           Os pacientes com AIDS devem consumir pequenas quantidades de alimentos frequentemente. Alimentos que podem ser ingeridos com as mãos são mais interessantes para os indivíduos mais fracos e debilitados, devido à sua dificuldade de manusear talheres.

           Algumas sugestões para aumentar o valor energético e proteico da dieta visando à recuperação do peso:

● enriquecer bebidas, sobremesas (frutas, doces concentrados, pudins) e sopas com leite, queijos, gelatinas, mel, açúcar, margarina;

● adicionar óleo vegetal às preparações salgadas e saladas;

● em preparações líquidas, como sucos de frutas, substituir a água pelo leite;

● se a gordura não for bem tolerada, consumir suplementos e alimentos ricos em carboidratos e proteínas, mas não em lipídios (exemplos: pudins e suflês feitos com leite desnatado, carnes magras, peito de frango, peixes, ovos cozidos, cereais);

● se o leite não for bem aceito, substituí-lo por uma mistura de leite de soja com mel ou açúcar e óleo vegetal e fornecer outras fontes de cálcio, como queijos.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Coppini, LZ; Ferrini, MT. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) . In: Cuppari L. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina -nutrição clínica no adulto. 1a ed. São Paulo: Manole. 2002. p. 235-247.


Polacow, VO. et al. Alterações no estado nutricional e dietoterapia na infecção por HIV. Rev Bras Nutr Clin 2004; v.19, n.2: p. 79-85.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Alimentação Saudável Para Adolescentes

1) Para manter, perder ou ganhar peso, procure a orientação de um profissional de saúde;

2) Se alimente 5 ou 6 vezes ao dia. Coma no café da manhã, almoço e jantar e faça lanches saudáveis nos intervalos;

3) Tente comer menos salgadinho de pacote, refrigerantes, biscoitos recheados, lanches de fast-food, alimentos de preparo instantâneo, doces e sorvetes;

4) Escolha frutas, verduras e legumes de sua preferência;

5) Tente comer feijão todos os dias;

6) Procure comer arroz, massas e pães todos os dias, de preferência integral;

7) Procure tomar leite e/ou derivados todos os dias;

8) Evite o consumo de bebidas alcoólicas;

9) Movimente-se! Não fique horas em frente à TV ou computador;

10) Escolha alimentos saudáveis nos lanches da escola e nos momentos de lazer.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:

Alimentação saudável para adolescentes. Ministério da Saúde. Disponível em: www.bvsms.saude.gov.br Acessado em: 02/12/2013.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Nutrição na Psoríase


 A psoríase é uma doença multifatorial, que afeta pessoas com predisposição genética, podendo também estar associada a fatores imunológicos e ambientais, como queimaduras graves, traumatismo físico, estresse emocional, infecções ou ainda uso contínuo de alguns fármacos (lítio, β-bloqueadores e alguns anti-inflamatórios não esteroidais). Isso se explica pelo fato de que uma lesão ou agressão ocasionada na pele poderia desencadear uma liberação anormal de proteínas envolvidas no processo inflamatório, conhecidas como citocinas. Estas citocinas, por sua vez, ativariam as células de defesa, os linfócitos T (CD4), o que provocariam liberação de outras citocinas pró-inflamatórias, aumentado as lesões e ainda gerando um estado inflamatório crônico.

      A psoríase se caracteriza pelo crescimento acelerado de células localizadas na epiderme, chamadas de queratinócitos, sendo seu ciclo natural de duração de 28 dias encurtado para 4 dias (considerando-se desde a fase de maturação até a divisão celular). Esta hiperproliferação ocasiona acúmulo celular sob a superfície da derme, formando placas esbranquiçadas e lesão cutânea.

         Estudos epidemiológicos demonstram que a psoríase acomete 2% a 3% da população mundial. Esta patologia pode se iniciar em qualquer idade, porém estudos indicam que sua maior prevalência ocorre entre 20-30, e entre 50-60 anos.

Tratamento Nutricional


         A alimentação pode influenciar a psoríase de duas maneiras – como causa das desordens metabólicas ou como tratamento e prevenção. Deste modo, o cuidado nutricional, juntamente com o controle das variáveis bioquímicas e antropométricas garantem maior estabilidade clínica a esses indivíduos, prevenindo as doenças crônicas não transmissíveis comumente associadas à doença e proporcionando maior longevidade com qualidade.

            Não há nenhuma diretriz nacional ou internacional que estabeleça uma alimentação adequada a estes pacientes. Alguns autores sugerem que diversos compostos ativos da nossa alimentação desempenham papéis importantes na fisiopatogenia da psoríase com a mesma magnitude que o controle do aporte energético da dieta e o consumo de gorduras totais e saturadas contribuem para o controle das DCNT. Dentre esses nutrientes, citam-se algumas vitaminas e minerais (vitamina A, E, C e D, ácido fólico), ácidos graxos poliinsaturados (ômega-3), além de dietas com baixa densidade calórica, além da vegetariana.

            Dietas de baixa densidade calórica, portanto, são consideradas como importante fator no auxílio na prevenção e manutenção de peso. Consequentemente, a redução do peso corporal diminui os marcadores pró-inflamatórios como as citocinas, melhorando o perfil lipídico, a resistência e a sensibilidade à insulina e o risco de doenças associadas.

             Sabe-se que os ácidos graxos poliinsaturados atuam beneficamente em diferentes doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças inflamatórias e autoimunes. Dessa forma, estimula-se o consume de peixes ricos em ômega-3 (salmão, tainha, sardinha), na tentativa de se atenuar o efeito inflamatório causado pela própria doença. Porém, o efeito da suplementação de ácido graxo poliinsaturado aplicada à psoríase ainda é questionável.

     Estudos com pacientes com artrite reumatoide, psoríase e lúpus eritematoso sistêmico demonstraram que esses indivíduos têm uma forte tendência a desenvolver deficiência de vitamina B12, ácido fólico, vitamina B6 e ferro, possivelmente, como consequência de deficiências nutricionais e má absorção ocasionada pelos mecanismos autoimunes da própria doença e da presença de marcadores inflamatórios. Além disso, indivíduos com psoríase poderiam apresentar um desequilíbrio nas concentrações de selênio, magnésio, potássio, betacaroteno e alfatocoferol.

Quadro 1. Sugestão de Terapia Nutricional.

Orientações nutricionais
Sugestões/Observações
1- Realizar dieta hipocalórica
Dieta de 800-1200kcal/dia
2- Ajustar a proporção entre os macronutrientes (carboidrato, proteína e lipídios)
60-70% de carboidrato
20-35% de lipídios
10-15% de proteína
3- Controlar consumo de carboidrato de alto índice glicêmico
Controlar consumo de alimentos como açúcar e farinha refinados.
4- Dar preferência ao consumo de carboidrato de baixo índice glicêmico
Aumentar consumo de alimentos integrais como pão integral, massa integral ou à base de ovo, arroz integral ou parboilizado, milho, aveia e cereais integrais.
5- Controlar consumo excessivo de colesterol e gordura saturada
Evitar alimentos gordurosos, fritura, carnes gordurosas e embutidos.
6- Aumentar consumo de ácidos graxos poliinsaturados
Aumentar o consumo de peixes (atum, salmão, sardinha), azeite extra-virgem, óleo de canola e soja. Dependendo do caso, a suplementação de ômega-3 também poderá ser empregada.
7- Aumentar ingestão de fibras alimentares
Aumentar consumo de frutas, verduras e hortaliças.
8- Aumentar ingestão de vitaminas (vitamina A, C, E, do complexo B, flavonoides e ácido fólico)
Aumentar consumo de alimentos fonte:

● Vitamina A – Bife de fígado cozido, cenoura, batata-doce assada, espinafre, couve cozida, atum;
● Vitamina C – Acerola, kiwi, goiabada, brócolis, espinafre;
● Vitamina E – Óleo de gérmen de trigo, óleo de girassol, molho de tomate, manga, mamão papaia;
● Vitaminas do complexo B – salmão cozido, frango cozido, banana, castanhas, abacate;
● Flavonoides – Uva, amora, framboesa, frutas cítricas, brócolis;
● Ácido fólico – Bife de fígado, lentilha, feijão-preto cozido, beterraba cozida, brócolis cozido.
9- Aumentar a ingestão de minerais (selênio, potássio, magnésio)
Aumentar consumo de alimentos fonte:

● Selênio – Peixe, carne bovina, frango, leite e queijos, castanha-do-Brasil, cogumelo;
● Potássio – Feijão preto, lentilha, leite em pó, paio, lagosta crua;
● Magnésio – Abacate, banana, folha de beterraba, aveia, semente de abóbora.
10- Evitar consumo de bebidas alcoólicas
Substituir cerveja com álcool por cerveja sem álcool. E substituir vinho por suco de uva.

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Referências Bibliográficas:


Solis, MY; Sabbag, CY; Frangella, VS. Evidências do impacto da nutrição na psoríase.  Rev Assoc Bras Nutr 2013; v.5,   n.1: p. 41-51.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Hibisco

Conhecido popularmente como, vinagreira, rosela, azedinha, caruru-da-guiné, azeda-da-guiné, quiabo-azedo, quiabo-róseo, quiabo-roxo, rosélia, groselha, quiabo-de-angola. O hibisco é uma espécie vegetal da família Malvaceae proveniente da África Oriental e foi introduzido ao Brasil pelos escravos.

Em muitos países o hibisco é utilizado como decoração e em outros, as sementes e os cálices são utilizadas ao consumo humano. Na maioria dos casos é cultivado para a produção de infusões que são consumidas como chás. A sua cor vermelha brilhante e o seu sabor único o torna um produto alimentício de valor.

            É um alimento funcional nos países da Ásia (Japão, China, Coréia e Taiwan), usado na medicina tradicional para os males da hipertensão, inflamação e na prevenção do câncer.

As folhas de hibisco in natura são uma ótima opção para incrementar e deixar sua salada ainda mais nutritiva e gostosa uma vez que são ricas em sais minerais e aminoácidos, além de conter quantidades significativas de vitaminas A e B1.

O interesse econômico está nos cálices desidratados mundialmente para a produção de bebidas (como chás), geleias, molhos, vinhos conservantes e corantes (devido a presença de antocianinas).

            O chá do cálice do hibisco é diurético, anti-séptico intestinal e um laxante suave, contra doenças nervosas e cardíacas, pressão alta e artérias calcificadas. Contêm uma alta concentração de antocianinas e uma boa fonte de antioxidante. O hibisco é uma fonte de fitoesteróis e polifenóis. As duas principais antocianinas do hibisco são a delfinidina 3-sambubiosídeo (85% de antocianina) e a cianidina 3- sambubiosídeo.

            As antocianinas possuem atividade antioxidante, anti-cancerígena, proteção contra a aterosclerose, inibem a agregação plaquetária, melhoram a função visual, possuem propriedades vaso protetoras e poderiam exercer efeitos neurológicos benéficos.

As sementes de hibisco tem representado um subproduto de grande valia. Isso se deve ao fato de que alguns estudos mostraram que estas podem ser potenciais fontes de compostos antioxidantes.

A análise de ácidos graxos nas sementes revelou que o ácido linoleico, oleico, palmítico e esteárico foram os seus componentes principais e o potássio, magnésio, sódio e cálcio também podem ser encontrados em níveis significativos na semente.

O consumo de sementes de hibisco reduziu o colesterol total e o LDL (colesterol ruim) quando administrados em ratos que continham o colesterol alto.

O chá de hibisco contém uma quantidade significativa de fibras alimentares, é rico em cálcio, niacina, ferro, magnésio e vitaminas A e C. Possui também boas quantidades de polissacarídeos, açúcares redutores, incluindo a glicose e a frutose e ácidos como o tartárico succínico, málico, oxálico, cítrico e hibíscico.

Os flavonoides e em especial as antocianinas possuem excelente atividade antioxidante auxiliando assim nosso organismo a combater os radicais livre e consequentemente reduzindo as chances de danos às nossas células. Dessa forma, o chá de hibisco é uma ótima alternativa na prevenção de doenças crônicas como as cardiovasculares e o câncer.

OBS: O chá de hibisco, assim como diversos fitoterápicos, é contra-indicado durante a gestação e lactação segundo a Resolução SES/RJ N° 1757 de 18 Fevereiro de 2002. O hibisco possui substâncias que estimulam o útero, podendo ser abortiva.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Bachiega, P. Hibisco: Saúde em Flor. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais. Disponível em: www.alimentofuncional.webnode.com Acessado em: 24/01/2014.


Maciel, MJ. Avaliação do extrato alcoólico de Hibisco (Hibiscus sabdariffa L.) como fator de proteção antibacteriana e antioxidante em alimentos. [Tese de Mestrado] Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, 2011.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Fenilcetonúria

A fenilcetonúria ou PKU, como é mundialmente conhecida, é uma doença genética, causada por uma mutação no gene que codifica a enzima fenilalanina-hidroxilase, ativa no fígado e responsável pela transformação do aminoácido fenilalanina (PHE) em tirosina. A elevação de fenilalanina no sangue, acima de 10mg/dl, permite a passagem em quantidade excessiva para o Sistema Nervoso Central, no qual o acumulo tem efeito tóxico. O retardo mental é a mais importante sequela dessa doença.

Quadro 1. Classificação das Hiperfenilalaninemias por Deficiência de Fenilalanina-hidroxilase.

Denominação
Atividade Enzimática
Concentração de Fenilalanina no plasma*
Fenilcetonúria Moderada ou Grave (Clássica)
< 1%
> 20mg/100ml
Fenilcetonúria Leve
1 a 3%
10 a 20mg/100ml
Hiperfenilalaninemia Benigna
> 3%
04 a 10mg/100ml
* Valor de referência normal até 4mg/100ml.
Fonte: Turcato, MF.


      Os portadores de fenilcetonúria não apresentam sintomas ao nascer. Não há anormalidades aparentes ao nascimento, pois o fígado materno protege o feto. Os níveis sanguíneos de fenilalanina do recém-nascido fenilcetonúrico aumentam nas primeiras semanas com alimentação proteica, incluindo o leite materno.

        As crianças não tratadas não conseguem atingir os marcos necessários iniciais de desenvolvimento, podendo apresentar comprometimento progressivo na função cerebral. Desenvolvem-se sintomas, como irritabilidade, dificuldade de aprendizado, falta de atenção, distúrbios comportamentais, hiperatividade e crises convulsivas entre os 6 e 18 meses de vida.

         A manifestação clínica mais grave é o retardo mental. Um paciente pode perder, em média, cinco unidades de Quociente de Inteligência (QI) a cada 10 semanas de atraso no tratamento.

          A fenilalanina em excesso, têm efeito tóxico nas funções somáticas e do sistema nervoso central, interferem na síntese proteica cerebral e mielinização, diminuem a formação de serotonina e alteram a concentração de aminoácidos no líquor. Essas alterações determinam a perda de funções, especialmente da capacidade intelectual do portador.

Outras anormalidades eletroencefalográficas; o odor "de rato" da pele, dos cabelos e da urina, devido ao acúmulo de fenilacetato; e a tendência à hipopigmentação e eczema, completam o quadro clínico. O cheiro característico, quando presente, impregna o local onde esteja internado um paciente com fenilcetonúria. Em contraste, as crianças acometidas, detectadas ao nascimento e tratadas imediatamente, em regra, não exibem quaisquer dessas anormalidades.

Exames e diagnósticos
O diagnóstico costuma ser feito ainda na maternidade, por meio do teste do pezinho, que, tanto em hospitais da rede pública quanto da privada, deve ser obrigatoriamente realizado para pesquisar, no sangue do recém-nascido com mais de 48 horas de vida, a fenilcetonúria e o hipotiroidismo.
O resultado positivo para fenilcetonúria requer confirmação por uma nova análise do sangue do bebê. Caso o diagnóstico seja feito mais tardiamente, outros métodos diagnósticos podem ser necessários para avaliar o comprometimento gerado pelo excesso de fenilalanina no organismo, tais como a ressonância magnética do encéfalo.
Tratamento
           Diversas mulheres com fenilcetonúria, e que foram tratadas desde a lactância, chegaram à idade adulta e engravidaram. Se os níveis de fenilalanina não forem estritamente controlados antes e no decorrer da gravidez, a criança estará sob o risco da fenilcetonúria materna. Ao nascimento, essas crianças apresentam microcefalia e risco aumentado de defeitos congênitos. A triagem neonatal permite o diagnóstico e tratamento precoce e, assim, o desenvolvimento de uma geração de mulheres intelectualmente normais e capazes de reproduzir.

Alimentos Permitidos
(zero a 20mg Phe/100g de alimento)
Alimentos com médio teor de fenilalanina
(10 - 20mg Phe/100g do alimento)
Alimentos Proibidos

Mel
Massas feitas sem ovos e com farinha de trigo de baixo teor de proteína
Carnes e derivados
Balas de frutas e de gomas
Arroz
Feijão
Pirulitos de frutas
Batata-inglesa
Ervilha
Picolés de frutas
Batata-doce
Soja
Algodão-doce
Batata-salsa
Grão-de-bico
Geleias de frutas
Mandioca
Lentilha
Goiabada
Cará
Amendoim
Farinha de tapioca
Abóbora
Leite e derivados
Polvilho de mandioca
Abobrinha
Achocolatado
Sagu
Berinjela
Ovos
Sucos de frutas artificiais
Beterraba
Nozes
Refrigerantes isentos de aspartame
Brócolis
Gelatinas
Groselha
Cenoura
Bolos
Café
Chuchu
Farinha de trigo
Chá
Couve-flor
Alimentos industrializados com alto teor de fenilalanina
Alguns cremes e pudins nos sabores baunilha, morango e caramelo
Jiló
Pães em geral
Pós para milk-shake isentos de Phe
Quiabo
Biscoitos

Tomate
Alimentos para fins especiais contendo aspartame

Pepino


Pimentão


Cebola


Folhosos


Frutas em geral.



Benvenutri.
Fonte: Adaptado de Monteiro & Cândido.

Por falta de maiores estudos, os requerimentos proteicos para os fenilcetonúricos seguem as recomendações propostas pela FAO/WHO, considerando-se a necessidade de ingestão de proteína igual à de indivíduos sadios (0,8-1,0g/kg).

            A baixa ingestão de proteínas de alto valor biológico e a predominância de alimentos de origem vegetal contendo fibras, fitatos, oxalatos e taninos, entre outros fatores, repercute diretamente na redução da biodisponibilidade de nutrientes como ferro, zinco, cálcio, selênio, vitaminas A, complexo B, D, entre outros.

            O zinco (Zn) é essencial para a função de mais de 70 enzimas diferentes. Assim, a biodisponibilidade do Zn é influenciada pela dieta rica em fibra e ácido fítico, pela presença de hemiceluloses, que aumentam a excreção de Zn fecal, por dietas ricas em ácidos graxos poliinsaturados, pelo excesso de aminoácidos livres e pelas interações entre Zn/Fe, Zn/Ca e Zn/P.

            Em pesquisa realizada com crianças fenilcetonúricas, demonstrou-se um decréscimo da densidade mineral óssea na espinha lombar e extremidades menores, e discute se a menor concentração de cálcio (Ca) e magnésio (Mg) séricos de crianças com PKU é devida ao tratamento e processo da doença ou à reduzida biodisponibilidade mineral.

            As necessidades de Fe aumentam na adolescência devido à demanda da expansão de massa muscular e volume sanguíneo.

            Investigando a quantidade de selênio (Se), verificaram que os valores de Se e a atividade da glutationa peroxidase no plasma e eritrócitos foram bem menores, quando comparados com os de crianças sadias. Nutrientes ricos em Se estão ligados a carnes, frutos do mar, ovos e alguns grãos, que não fazem parte da alimentação dos fenilcetonúricos devido ao alto teor de Phe. Conseqüentemente, a quantidade de Se diminui nos pacientes após o início da dietoterapia, reduzindo a atividade da glutationa peroxidase no eritrócito.

Deficiência de vitamina B12 também foi observada em adolescentes e adultos com PKU. A vitamina B12 é essencial para o crescimento dos tecidos, havendo maior necessidade durante a adolescência. A sua deficiência se manifesta por anemia megaloblástica e desordens neurológicas. As maiores fontes dessa vitamina são carnes, fígado, peixe, ovos, leite e derivados. Cereais, legumes e frutas não contêm vitamina B12. Logo, portadores de PKU têm grande propensão a essa deficiência, devido ao tratamento alimentar.

Observa-se também que, devido à reduzida ingestão de proteínas animais, crianças com PKU têm como conseqüência baixa ingestão de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa, como ácido araquidônico, ácido eicosapentaenóico e ácido docosahexaenóico, encontrados somente em alimentos de origem animal. Esses ácidos graxos estão ligados quase que exclusivamente à síntese endógena de precursores como o ácido linoleico e a-linolênico. A redução ou não ingestão desses ácidos graxos faz com que esse mecanismo de síntese seja inadequado às necessidades fisiológicas das células e tecidos e tem por conseqüência implicações nas respostas inflamatórias, coagulativas e vasoativas, bem como sobre os processos homeostáticos.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:

Fenilcetonúria. Disponível em: www.fleury.com.br Acessado em: 22/01/2014.

Mira, NVM; Marquez, UML. Importância do diagnóstico e tratamento da fenilcetonúria. Rev Saúde Pública 2000; v.34, n.1: p. 86-96.

Monteiro, LTB; Cândido, LMB. Fenilcetonúria no Brasil: evolução e casos. Rev Nutr 2006; v.19, n.3: p. 381-387.


Turcato, MF. Erros Inatos do Metabolismo da Fenilalanina: Fenilcetonúria clássica e demais Hiperfenilalaninemias. Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto-USP. Disponível em: www.mp.fmrp.usp.br Acessado em: 22/01/2014.