sábado, 13 de fevereiro de 2016

Matchá



O matchá é o chá verde em pó, obtido da planta Camellia sinesis e produzido a partir da moagem em um moinho de pedra. É uma bebida não fermentada muito consumida em países asiáticos, sendo, popularmente, utilizada na cerimônia do chá, no Japão. Apresenta um perfil nutricional interessante, que pode proporcionar alguns benefícios para a saúde.

Além da presença de vitaminas e minerais, o matchá é rico em flavonoides, principalmente, catequinas, sendo o epigalocatequina galato (EGCG) a mais abundante. As catequinas são flavonoides que colaboram para a modulação do estresse oxidativo e minimizam os efeitos dos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento celular e maior risco para o desenvolvimento de algumas doenças. A presença das catequinas caracteriza o amargor do chá.

Além disso, o matchá é fonte de cafeína que, em sinergia com o epigalocatequina galato, pode colaborar para o controle do peso em longo prazo por conta da sua ação termogênica e da oxidação lipídica, processos controlados pelo sistema nervoso simpático e que podem ser estimulados pelas catequinas.

Ainda não existe um consenso em relação à quantidade que deve ser consumida do chá para obter efeitos benéficos sobre a obesidade, no entanto, alguns estudos apontam que a ingestão de chá verde não deve ultrapassar seis xícaras ao dia, de acordo com orientação da American Dietetic Association. Por conter cafeína, o matchá, quando consumido em excesso, pode causar alterações gastrointestinais e insônia. 

Importante ressaltar que, apesar dos benefícios para a saúde, o matchá não deve ser consumido de maneira isolada, e sim aliado a um plano alimentar saudável e equilibrado, além da prática regular de exercícios físicos. Para preparar o matchá, recomenda-se acrescentar 1 colher de café do pó de matchá em 300ml de água quente e deixar abafar por cerca de 15 minutos.




Texto elaborado por: Carolina Favaron

Formada em nutrição pelo Centro Universitário São Camilo (2010) e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, pela VP Consultoria Nutricional (2013). É nutricionista do departamento de conteúdo da Natue e realiza atendimentos em consultório particular. 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

HERNANDEZ FIGUEROA, Tania T; RODRIGUEZ-RODRIGUEZ, Elena  y  SANCHEZ-MUNIZ, Francisco J.. El té verde ¿una buena elección para la prevención de enfermedades cardiovasculares?. ALAN [online]. 2004, vol.54, n.4 [citado 2015-12-08], pp. 380-394 . Disponible en: <http://www.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222004000400003&lng=es&nrm=iso>. ISSN 0004-0622.

Cintia Albuquerque Amorim, Michelle Agnes Pires Ferreira, Francisco Navarro. Efeito da epigalocatequina galato do chá verde sobre a redução ponderal, a termogênese e a oxidação lipídica. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo v. 1, n. 6, p. 32-39, Novembro/Dezembro, 2007.

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