quinta-feira, 30 de março de 2017

Hipoglicemia



A hipoglicemia é a baixa de açúcar no sangue e pode ser causada por não se alimentar o suficiente, exercício excessivo ou, para os diabéticos, tendo muita insulina no corpo. Outras possíveis causas de hipoglicemia incluem ingestão excessiva de álcool, uma vez que isso reduz os níveis de açúcar no sangue.



Os principais sintomas de hipoglicemia incluem sudorese, fadiga, tonturas. No entanto, outros sintomas mais graves incluem aumento da frequência cardíaca, visão turva, confusão, convulsões e, em casos graves, coma.

Diferença entre Hipoglicemia e Hiperglicemia

Sintoma
Hiperglicemia
Hipoglicemia
Início
Lento
Súbito (minutos)
Sede
Muita
Inalterada
Urina
Muita quantidade
Inalterada
Fome
Muita
Muita ou normal
Perda de peso
Frequente
Não
Pele
Seca
Normal ou úmida
Mucosa da boca
Seca
Normal

Acha que está com hipoglicemia? Meça a glicemia. Se menor que 50mg/dl, ingerir 1 colher de sopa de açúcar (15g de carboidratos) misturado com água. Ou suco de laranja (1 copo de 150ml) ou caramelos (3 unidades) ou refrigerante comum (1 copo de 150ml). A glicemia capilar (ponta de dedo) deve ser realizada após 15 minutos da administração do alimento (açúcar) e caso a glicemia não tenha voltado ao normal deve-se voltar a dar 15g de carboidratos. Isto pode ser repetido até 3 vezes. Se estiver na hora da refeição esta deve ser antecipada. Se ainda não houver indicação de melhora, em seguida, melhor consultar um médico.

Medidas Práticas na Prevenção da Hipoglicemia

● Procurar manter equilíbrio na tríade: alimentação, medicação, exercícios;

● Ajuste cuidadoso, individual e escalonado da insulina, sempre de acordo com a glicemia e/ou glicosúria;

● Ingestão de alimentos ricos em proteínas e aqueles que requeiram absorção mais demorada ao deitar (alimentos ricos em fibras) e lanches regulares nos intervalos das principais refeições;

● Procurar manter regularidade nos testes de sangue e/ou urina, para acertos diários na dose de insulina e de comprimidos;

● Carregar consigo carboidratos facilmente absorvíveis (açúcar, glicose, açúcar líquido, balas, caramelos etc.) para tomá-los assim que se iniciarem os sintomas. Estes desaparecem rapidamente com a ingestão de 5 a 15g de açúcar (1 colher das de chá a 1 colher das de sopa, respectivamente) ou 5 a 15g de glicose por via oral ou ainda sucos, água com açúcar, refrigerantes não dietéticos etc.;

● Quando possível, manter em casa um frasco de glucagon. Hormônio oposto à insulina, ou seja, aumenta a glicemia rapidamente. Deve ser injetado intramuscular ou subcutâneo, à semelhança da insulina, ½ frasco (0,5mg) para crianças e 1 frasco (1mg) para adultos, sempre que o paciente não conseguir engolir, apresentar resposta demorada (10 a 15 minutos) à ingestão de açúcar ou glicose ou se estiver inconsciente;

● Em virtude de acidentes graves que poderão ocorrer enquanto estiver dirigindo carro ou motocicleta, recomenda-se que não dirija mais de 2 horas sem ingerir alimentos e que proceda da seguinte forma caso sinta qualquer sintoma de hipoglicemia: pare o veículo, desligue e saia dele, e somente volte quando estiver perfeitamente bem. Se possível, faça a glicemia para comprovar se ela já está em níveis normais;

● Todos os pacientes devem levar um cartão de identificação de portador de diabetes no bolso ou com os outros documentos.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Costa, AA; Netto, JSA. Manual de Diabetes: educação, alimentação, medicamentos, atividade física. 4 ed. São Paulo: Sarvier, 2004.

Netto, AP. O que você precisa saber sobre hipo e hiperglicemia. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: www.diabetes.org.br Acessado em: 03/03/2017.

Plano alimentar em algumas complicações metabólicas do diabetes mellitus: hipoglicemia, nefropatias e dislipidemias. Manual de Nutrição: Pessoas com Diabetes. Departamento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009.

terça-feira, 28 de março de 2017

Dislipidemia Infantil



Segundo estudos o aumento da prevalência de casos de obesidade infantil se deu a partir dos anos 70, devido a industrialização dos alimentos, e por apresentarem altos índices calóricos. Outro fato apontado por especialistas que levou a epidemia de obesidade infantil, e é dada até hoje, foi o fato de as crianças estarem cada vez mais sedentárias, passando os dias sem praticar exercícios físicos, na frente de televisões e videogames. O grande problema da obesidade infantil é que ela nem sempre vem sozinha, normalmente e sim acompanhada de outras doenças metabólicas como diabetes tipo 2, dislipidemias, hipertensão, e outras doenças cardiovasculares.

Em adultos essa associação de doenças prevalentes ou não da obesidade é classificada como síndrome metabólica, não podendo ser a mesma utilizada para crianças. Porém alguns estudos relatam a relação direta entre doenças desencadeadas na infância e a síndrome metabólica em adultos, ainda mostram que crianças desencadeantes de por exemplo dislipidemias na infância, tem mais chances de desenvolver a doença no futuro e também consequentemente desenvolverem problemas cardiovasculares. 

A dislipidemia é uma alteração do metabolismo das gorduras, o conhecido “colesterol”, que é necessário ao nosso organismo estando presente na formação de membranas das células, também servindo como capa protetora dos nervos, e presente em alguns hormônios. O nosso corpo o fabrica, porém também o consumimos pela alimentação com alimentos gordurosos, e quando está em excesso é metabolizado pelo fígado e eliminado pelo HDL (colesterol de alta densidade), o problema maior é quando os níveis do LDL estão tão elevados que o HDL não consegue o eliminar todo e suas taxas aumentam no sangue. Isto pode levar a problemas como a aterosclerose que é o acúmulo dessa gordura nos vasos sanguíneos impedindo o fluxo de sangue de passar por aquele vaso.

O tratamento ideal para estas crianças que apresentam dislipidemia, é a mudança de estilo de vida, em primeiro lugar a prática de atividade física regularmente. E também muito importante, realizar mudanças na dieta da criança, ofertando menos os alimentos industrializados, e mais alimentos fonte de gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas como azeites, peixes e oleaginosas, assim como evitar a gordura aparente de carnes, cozinhar com banha de porco, evitar frituras, não utilizar gordura hidrogenada como as de margarinas, dando preferência para óleos vegetais como o de girassol, soja e milho. Incluir alimentos fonte de proteína vegetal, e ricos em fibra como frutas legumes, verduras e cereais os fazendo como base da alimentação. Além de procurar ajuda profissional para receber as orientações certas sobre alimentação, realizar exames periodicamente e assim conquistar uma vida mais saudável para a criança.

Texto elaborado por: Dra. Caroline de Salve – CRN3. 28964

Nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo 

Especialista em Nutrição Humana pelo Instituto Metabolismo e Nutrição (IMEN)

Especialista em Nutrição e Pediatria pelo HCMUSP

Nutricionista Responsável pelo Colégio Piaget

Nutricionista Responsável por unidade Salutem Nutrição e Bem Estar em São Caetano do Sul e atendimentos na Unidade Salutem de São Caetano do Sul. 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
















domingo, 26 de março de 2017

Pitaia



A Pitaia é pertencente à família Cactaceae uma fruta conhecida mundialmente como a Fruta do Dragão por ser considerada uma fruta exótica e rústica, além disso, consta com uma aparência muito atraente. No Brasil, mesmo surgindo como novidade é encontrada no cerrado e atualmente há diversas produções na região Sudeste, como no Estado de São Paulo.

A origem dessa fruta é dada pelas regiões de florestas tropicais do México, América Central e América do Sul. Há diversas variedades de Pitaia, como a Hylocereusundatus, que possuem casca vermelha e polpa branca; a Hylocereus costaricensis, com a casca vermelha e a polpa vermelha e a Selenicereusmegalanthus, com casca amarela e cheia de espinhos e a polpa branca. Sendo que, as mais cultivadas são a H. undatus e a S. megalanthus.

O sabor da pitaia é agradável e adocicado, o que atrai ainda mais as pessoas para o consumo dessa fruta, além do seu aspecto visual bastante diferente. Por esse motivo as pitaias podem ser consumidas tanto na forma in natura, consumo da polpa, como também sob a forma de geleias, refrescos e doces produzidos a partir da polpa. Existe também no mercado bebida tônica a base deste fruto.

Algumas propriedades funcionais da Pitaia


Segundo conhecimentos populares, a Pitaia possui ações benéficas em pessoas que possuem gastrite, ajuda a reduzir os níveis de colesterol, diminui a pressão arterial, também ajuda na prevenção de câncer de cólon e nos problemas renais. Esses benefícios são devidos, principalmente, ao elevado teor de vitaminas e à ação laxativa.

Estudos revelaram que a fruta possui alto teor de fibras em sua polpa, auxiliando nos processos digestivos do organismo. Além disso, contém baixo teor calórico, mas não há registros desse teor. A fruta também apresenta alta atividade antioxidante em função da betacianina, um dos pigmentos presentes nas pitaias e que conferem a coloração característica.

São ricas em polifenois, como os flavonoides amarelos e as antocianinas, que ajudam na prevenção de doenças caridovasculares, neurodegenerativas, cânceres, entre outras doenças, principalmente em função da elevada capacidade antioxidante. Porém, a quantidade de polifenois é diferente para cada variedade de Pitaia, sendo que a de polpa vermelha é a que tem maior quantidade destes polifenois. 


Ainda, estudos mostraram que a pitaia é fonte de betacaroteno, licopeno e possui ácidos graxos essenciais como o ômega 3 e ômega 6 ( ácido linolênico e ácido linoleico, respectivamente).

A pitaia pode ser uma boa opção para consumir no verão, pois é uma fruta muito refrescante e saborosa e, além disso, possuem compostos que podem ser benéficos ao nosso organismo.





As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Aranha, JB. Pitaia: a fruta do dragão. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br

Lima, CA. Caracterização, Propagação e MelhoramentoGenético de Pitaya Comercial e Nativa do Cerrado. Tese de Doutorado. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12930/1/2013_Cristiane%20Andrea%20de%20Lima.pdf>

Faleiro, F. G.; Lima, CA. DE.; Cohen, K. de O.; Junqueira, N. T. V.; Bellon, G.; Castelo Branco, M. T.; Fuhrmann, E.; Leão, A. J. P.; Oliveira, R. R. Caracterização físico-química e de compostos funcionais em frutos de pitaya. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, V.21, 2010. Natal: SBF, 2010.

Wu, L., Hsu, H., Chen, Y., Chiu C., Lin, Y., Ho, J. A. Antioxidant and antiproliferative activities of red pitaya. FoodChemistry, 95, 319-327, 2006.

Ariffin, A. A., Bakar, J., Tan, C. P., Rahman, R. A., Karim, R., LOI, C. C. Essential fatty acids of pitaya (dragon fruit) seed oil. FoodChemistry, 114, 561-564, 2009.